Temporada de 2009, o estado da Nação

Vejam abaixo , o depoimento de um pai de um cavaleiro português publicado recentemente.
Ao que tudo indica, lá e cá as coisa são as mesmas.
As mesmas reclamações,os mesmos problemas ,dificuldades com patrocínios , dirigentes que não atendem os anseios dos esportistas e etc..
Texto: Alexandre Mascarenhas de Lemos
E lá começou na Comporta a temporada de concursos de 2009. Para mim já são 39…ufa!!!Ano de crise mundial, esta parece não ter chegado aos concursos de saltos: Foram mais de 600 os cavalos a saltar na Comporta, com muitos outros circuitos a decorrer por essa Europa fora, em simultâneo e com igual sucesso. Inscrições a valores estratosféricos e prémios que não dão para almoçar. Comércio parado.No topo, tudo na mesma: Famílias Beerbaum e Ehning, mais os suspeitos do costume, enchendo-se de milhões.
Na base, a luta permanente para conseguir saltar 1.10m.
E no meio?Bom, no meio deixou de haver sponsors porque as empresas, de facto sem cheta, desculpam-se com a falta de retorno. Deixou também de haver público.
Mas não faz mal, porque os cavaleiros pagam tudo:
Pagam os prémios, as boxes, os restaurantes, os júris, as fotocópias, os comissários, os “course designers”, o pessoal de campo, as flores, as bandeiras, as cada vez mais sofisticadas taxas federativas nacionais e internacionais, o MCP, a electricidade para o camión, o IVA, o IRS e mais uns trocos para os orçamentos não ficarem no vermelho.
É um novo modelo de negócio que parece servir toda a gente: As organizações (com fins lucrativos, entenda-se) florescem e os cavaleiros não se queixam.
E a competição internacional?Dentro de um mês lá vamos ter a guerra habitual por um lugar para Madrid (…à falta de seleccionador nacional deve decidir o ranking…) e dentro de 2 lá vamos chegar à triste conclusão que não temos efectivos para mandar equipas completas ao Campeonato da Europa dos miúdos.
Talvez a Luciana chegue à final do de seniores para demonstrar que, afinal, os cavaleiros portugueses também são capazes.
Pela minha parte, preocupo-me com explicar ao meu filho quem foram Callado e Duarte Silva e a sorte que tem de poder ouvir os conselhos do Chico Caldeira e do Miguel Faria Leal. Lamento ter de lhe explicar por que razão não vemos os nossos melhores cavaleiros da actualidade a representar Portugal nas Taças de Nações de todo o mundo, como acontecia no passado. Temo que me peça explicações, um dia, sobre as razões por que os nossos jovens cavaleiros mais talentosos têm de optar entre deixar de sonhar e imigrar em condições inaceitáveis.
No meio de tudo isto, o "Under" continua a subir, a "Cat" está em forma, a "Miss" ainda não está recuperada e o "Pantaro" vem a caminho. Enfim, “business as usual” para um cavaleiro português que, como muitos outros, não sabe muito bem quando chega o fim do mês.
Ao que tudo indica, lá e cá as coisa são as mesmas.
As mesmas reclamações,os mesmos problemas ,dificuldades com patrocínios , dirigentes que não atendem os anseios dos esportistas e etc..
Texto: Alexandre Mascarenhas de Lemos
E lá começou na Comporta a temporada de concursos de 2009. Para mim já são 39…ufa!!!Ano de crise mundial, esta parece não ter chegado aos concursos de saltos: Foram mais de 600 os cavalos a saltar na Comporta, com muitos outros circuitos a decorrer por essa Europa fora, em simultâneo e com igual sucesso. Inscrições a valores estratosféricos e prémios que não dão para almoçar. Comércio parado.No topo, tudo na mesma: Famílias Beerbaum e Ehning, mais os suspeitos do costume, enchendo-se de milhões.
Na base, a luta permanente para conseguir saltar 1.10m.
E no meio?Bom, no meio deixou de haver sponsors porque as empresas, de facto sem cheta, desculpam-se com a falta de retorno. Deixou também de haver público.
Mas não faz mal, porque os cavaleiros pagam tudo:
Pagam os prémios, as boxes, os restaurantes, os júris, as fotocópias, os comissários, os “course designers”, o pessoal de campo, as flores, as bandeiras, as cada vez mais sofisticadas taxas federativas nacionais e internacionais, o MCP, a electricidade para o camión, o IVA, o IRS e mais uns trocos para os orçamentos não ficarem no vermelho.
É um novo modelo de negócio que parece servir toda a gente: As organizações (com fins lucrativos, entenda-se) florescem e os cavaleiros não se queixam.
E a competição internacional?Dentro de um mês lá vamos ter a guerra habitual por um lugar para Madrid (…à falta de seleccionador nacional deve decidir o ranking…) e dentro de 2 lá vamos chegar à triste conclusão que não temos efectivos para mandar equipas completas ao Campeonato da Europa dos miúdos.
Talvez a Luciana chegue à final do de seniores para demonstrar que, afinal, os cavaleiros portugueses também são capazes.
Pela minha parte, preocupo-me com explicar ao meu filho quem foram Callado e Duarte Silva e a sorte que tem de poder ouvir os conselhos do Chico Caldeira e do Miguel Faria Leal. Lamento ter de lhe explicar por que razão não vemos os nossos melhores cavaleiros da actualidade a representar Portugal nas Taças de Nações de todo o mundo, como acontecia no passado. Temo que me peça explicações, um dia, sobre as razões por que os nossos jovens cavaleiros mais talentosos têm de optar entre deixar de sonhar e imigrar em condições inaceitáveis.
No meio de tudo isto, o "Under" continua a subir, a "Cat" está em forma, a "Miss" ainda não está recuperada e o "Pantaro" vem a caminho. Enfim, “business as usual” para um cavaleiro português que, como muitos outros, não sabe muito bem quando chega o fim do mês.
Fonte:Equisporte
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